domingo, 31 de agosto de 2014

Ana Amélia com 40,9% dos votos

Pesquisa Methodus aponta que senadora segue à frente na disputa pelo governo gaúcho

Interior segura vantagem de Ana AméliaConforme o levantamento, se a eleição fosse hoje, Ana Amélia receberia 40,9% dos votos
Após dez dias de propaganda na TV e rádio e a pouco mais de um mês das eleições, Ana Amélia Lemos (PP) mantém a dianteira na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul. Nova pesquisa feita pelo Instituto Methodus, a pedido da Associação dos Diários do Interior (ADI-RS), indica ainda que o interior do Estado é o principal responsável pela vantagem da senadora sobre o atual governador Tarso Genro (PT).
Conforme o levantamento, se a eleição fosse hoje, Ana Amélia receberia 40,9% dos votos no ante 31,2% de Tarso. Embora desde o fim do ano passado ela venha liderando as pesquisas, esse é o melhor desempenho obtido pela progressista até agora. O cenário, no entanto, ainda levaria a disputa para o segundo turno.
O cruzamento dos números com o perfil dos entrevistados mostra que Ana Amélia tem mais força nos municípios do interior, onde ela abre 13,5 pontos sobre Tarso. Já o petista venceria em Porto Alegre com uma ligeira vantagem sobre a parlamentar: 32,3% contra 31,5%. Dentre as possíveis razões para essa diferença, estão o fato de o PT ter uma tradição forte na Capital (esteve à frente da Prefeitura por 16 anos) e de nos últimos anos o governo estadual ter priorizado a região metropolitana em projetos como o Passe Livre Estudantil. Por outro lado, Ana Amélia guarda uma forte ligação com o setor primário, predominante em boa parte do interior. O que também pesa em favor dela é o índice de rejeição: o número de entrevistados que disse que não votaria de jeito nenhum em Tarso é mais do que o dobro dos que responderam o mesmo sobre a senadora.
Embora tivessem expectativa de crescimento a partir do início do horário eleitoral gratuito e dos debates, os demais candidatos seguem bem atrás numericamente, assim como em levantamentos anteriores, e, por enquanto, não demonstram fôlego para quebrar a polarização entre PP e PT. José Ivo Sartori (PMDB) aparece com 5,8%, enquanto Vieira da Cunha (PDT) obteve 4,7% e Roberto Robaina (PSOL) ficou com 2%. Os representantes do PCB, PMN e PRTB não atingiram 1%.
O cenário se repete na pesquisa espontânea, em que não são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados. Ana Amélia foi citada em 15,9% das vezes, enquanto Tarso foi lembrado por 11,6% dos eleitores. Neste caso, porém, mais de 60% dos ouvidos disse não saber em quem vai votar, o que indica que grande parte do eleitorado ainda não está envolvido com a eleição e, portanto, ainda pode haver mudanças de rumo nas intenções de voto até o dia do pleito.

No 2º turno, PT só perde para o PP
Assim como já ocorria desde o ano passado, as simulações de segundo turno feitas pelo Methodus mostram que Ana Amélia é a única entre os principais candidatos que tem condições de vencer Tarso. Em um eventual confronto entre a progressista e o petista, ela ganharia com 52,6% dos votos contra 36,9% do adversário. Na comparação com os números do levantamento estimulado de primeiro turno, Tarso avança 5,7 pontos, ao passo que a senadora cresce 11,7 pontos, o que significa que a maior parte dos votos de outros candidatos de oposição migrariam para ela. A confirmação disso, entretanto, também dependeria de eventuais alianças feitas para a segunda fase da eleição.
Por outro lado, Tarso sairia vitorioso se enfrentasse José Ivo Sartori ou Vieira da Cunha. No primeiro caso, receberia 45,8% dos votos contra 33,3% do peemedebista. Na segunda hipótese, chegaria a 46,5% ante 31,6% do pedetista.
Dilma lidera do RS, mas perderia no segundo turno
Acompanhando a tendência verificada nas pesquisas nacionais mais recentes, a ex-senadora Marina Silva (PSB) aparece em segundo lugar nas intenções de voto no Rio Grande do Sul, atrás apenas da presidente Dilma Rousseff (PT). Em um possível segundo turno, porém, o cenário é outro: Dilma perderia no Estado tanto para Marina quanto para o candidato do PSDB, o senador Aécio Neves.
Segundo o Methodus, no primeiro turno Dilma receberia 31,2% dos votos, contra 25,8% de Marina, 20,4% de Aécio e 2,3% de Luciana Genro (PSOL) – os outros sete candidatos não alcançaram 1%.
No cruzamento por região, Dilma lidera tanto em Porto Alegre quanto nos municípios do interior, embora a vantagem sobre Marina seja maior na Capital. Marina, aliás, praticamente empata com Aécio em Porto Alegre, ao passo que no restante do Estado a socialista aparece bem à frente do tucano.
Os dados também mostram que Dilma é mais forte entre os eleitores homens, com idades entre 35 e 54 anos e renda de até cinco salários mínimos. Já Aécio é o preferido entre os eleitores com ensino superior e renda acima de 20 salários mínimos. Marina, por sua vez, vence entre as mulheres e entre os eleitores mais jovens, de até 25 anos. Outro ponto em favor de Marina é que ela tem o menor índice de rejeição entre os três principais presidenciáveis.
Já no levantamento espontâneo, em que os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Dilma foi citada em 21,7% das vezes, Aécio em 12,5% das vezes e Marina em 7,1% das vezes. A diferença pode ser reflexo do fato de o ingresso de Marina na campanha ser recente – tanto que 3% dos entrevistados citaram Eduardo Campos (PSB), sucessor de Marina, que faleceu há pouco mais de duas semanas em um desastre aéreo. Nesse caso, quase a metade dos eleitores não soube dizer em quem vai votar para presidente da República.
Na hipótese de haver segundo turno entre Dilma e Marina, a ex-senadora venceria a presidente por 47,9% a 37,0%. Já se o confronto fosse entre Dilma e Aécio, o tucano venceria com uma vantagem menor: 43,6% a 41,6%. Na prática, isso significa que a maior parte dos votos que a oposição receber no primeiro turno não migrariam para Dilma na segunda fase.

Senado
O Instituto Methodus também verificou a intenção de voto dos gaúchos para o Senado. A pesquisa, entretanto, foi feita antes da entrada de Pedro Simon (PMDB) na disputa, que foi confirmada apenas no último domingo, dia 24. Os números, portanto, não representam mais a realidade da corrida eleitoral, por isso não serão divulgados.
 Credito Jornal Agora

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