(Reuters) - A empreiteira Andrade Gutierrez, envolvida no esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato, fez doações ilegais às campanhas da presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014 com o uso de propina de obras da Petrobras PETR4.SA e do sistema elétrico, segundo o ex-presidente da empresa Otávio Marques de Azevedo
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira diz que o executivo fez a revelação em delação premiada que ainda precisa ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na qual detalhou os pagamentos em uma planilha entregue à Procuradoria-Geral da República.
O jornal acrescenta que cerca de 10 milhões de reais doados às campanhas de Dilma pela Andrade Gutierrez estão ligados à participação da empreiteira em contratos de obras públicas, de um total de 20 milhões de reais doado pela empresa.
Procurada pela Reuters, a Andrade Gutierrez disse que não vai comentar. O PT disse em nota que "refuta as ilações apresentadas" e que todas as doações recebidas pelo partido foram realizadas dentro dos parâmetros legais e declaradas à Justiça Eleitoral.
A denúncia de dinheiro de propina nas campanhas de Dilma devem reforçar as ações que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a chapa encabeçada por Dilma apontando irregularidades na campanha eleitoral de 2014. As ações podem resultar na cassação da chapa vencedora do pleito com Dilma como presidente e Michel Temer como vice-presidente.
Enquanto isso, Dilma enfrenta um pedido de abertura de processo de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados. Na quarta-feira, o relator do pedido de impeachment contra a presidente, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), apresentou parecer favorável à abertura de um processo de impedimento.
Fonte Reuters
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